quinta-feira, 19 de março de 2009

Chuva, chuva !



Dia ensolarado, confortável. Começa a bater um ventinho mais frio, umas nuvens poucas aproximam-se. Mas o dia prossegue confortável.
Não dá muito tempo, e o sol (que já estava meio estranho) vai saindo de fininho, sem ser notado. O céu já não é mais tão claro. Percebo um ou dois pingos no meu rosto, olho para fora e começam a saltitar pequenos grilinhos no chão. Não, não eram grilos de verdade, eram pingos, pingos de chuva! Sem demora, nem receios, os chuviscos dão lugar a uma chuva intensa, de uma hora pra outra. O chão começa a se molhar, as janelas do ônibus se embaçam com o tempo; e a Avenida se alaga.

Essa chuva não vingou muito pra mim, consegui fugir dela. Mas foi catastrófica (talvez nem tanto) para outros. Meu dia seguiu-se naturalmente, sem guarda-chuva. Aquele céu ameaçando jogar água como um chuveiro em cima de mim e eu SEM guarda-chuva.

Me chegam as constantes perguntas: "Você não tem medo da chuva?"; "Tá doida de sair sem guarda-chuva ! Vai se molhar tooda !".

Aí eu me pergunto: Deveria ter medo de chuva? Afinal, ela não é tão ruim assim, muito pelo contrário! A chuva lava. Sempre achei a chuva um ótimo pretexto pra se fazer coisas que, naquela ansiedade insaciada de aproveitar o sol, não fazemos. É um ótimo momento pra se pensar (e eu adoroo pensar); ou ler. A chuva (ás vezes) me serve de terapia, onde eu fico olhando cada gota que cai do céu, e acompanhando o seu rumo durente a correnteza.
Deveria realmente ter medo de uma coisa tão natural ? Já sei. As pessoas hoje em dia são artificiais. Não querem pegar chuva pra não deixar em risco a sua 'integridade externa'. Não querem molhar o sapatinho novo, molhar o cabelo e estragar a 'artificialidade que fazem nele, ou mesmo ficarem molhadas. Não vejo problema algum nisso. A chuva é de água; e se fosse de outra coisa eu até entenderia, mas é água! Nesse mundo cheio de perigos, inseguranças, gente sendo violentada às veras por aí; o povo vai ter medo de água ? Isso sempre me batutou na cabeça.

Eu respondo: Não tenho medo de chuva, nem de água, nem de nada natural. Tenho medo é das coisas que os homens fazem. Das atitudes que cometem, dos sistemas que implantam, e dos não julgamentos que não julgam. Saio na chuva feliz e bela; molho-me um pouco, me seco depois. Não sou de açúcar.
Há quem não saia de casa pra não se molhar; mas também existem aqueles (meio) doidos, que saem exatamente pra se molhar, e pensar. Vai entender. Esse mundão tá de cabeça pro ar mesmo- mundo tem cabeça! :D

Fica a idéia: Medo a gente aprende. E quem nos ensinou a ter esse medo? Nossos pais? E quem lhos ensinou ? Nossos avós ? Tudo isso é uma cadeia que vem sendo passada não sei por quem, não sei pra quê. Sinceramente, a pessoa que começou com isso tudo era Flamenguista, só podia ser. hahahaha ;D

domingo, 15 de março de 2009

Amanhecer de um Domingo.


Reunião de família (pouco) cheia. Dia de Domingo na casa Nobre. O Sol nasceu como não via a muito tempo; adentrava pela janela da cozinha, iluminando a lajota gasta e refletindo na minha pele. Meus olhos recém-acordados ardiam com a sua luz, seus raios solares acariciavam cada cutícula dos fios do meu cabelo (ainda não penteados). O galo desordenado do vizinho cantava a cada 2 minutos. Eram oito horas da manhã. Despertei como se deve num dia como esses, descansada. Comecei a me organizar quanto à vida pessoal. Ontem o dia foi cansativo e demasiado chato.

Não demora muito e o resto da casa acorda. Começam então os papos matinais, conversas jogadas fora, indagações filosóficas, e aprendizados históricos. Essa é a manhã da Família Nobre: calma (no que se julga exteriormente).

Não demora muito e o dia começa a se tornar ativo; cada um se ocupa a fazer seu ofício rotineiro. Criança corre, brigam e chora. Alguns gritos ecoam até os vizinhos, mas ninguém se incomoda, já se acostumaram.

O dia vai passando, e percebo que aquele sol não irradiava mais de tal maneira. Parece que aquela sensação ao acordar era apenas um Bom Dia da natureza para mim. Parece que ela sabe que precisa de mim, e eu dela.

Quando criança, eu era mais junta da Natureza. Quintal cheio de plantas, com as quais brincava o dia todo. Não tinha amigos nessa época. Então como sempre era a primeira da casa a acordar. Ficava lendo coisas, arrumava outras. Fazia qualquer coisa, calmamente. E assistia o nascer do sol. É uma sensação inconfundível, insubstituível. Tem um cheiro peculiar, que vem das árvores das montanhas que se projetam aos arredores da casa. É muito bom, alivia qualquer coisa.

Tive esse momento hoje, e lembrei de quando era criança. Faz tempo. Isso me lembrou de quando não tinha preocupações que tenho hoje. Me fez sentir muuito bem, regenerada.
Este amanhecer foi suficiente para me manter de pé pelo resto do dia, até agora, momento no qual escrevo.

Um breve e momentâneo retorno ao passado me deixou feliz. Pude perceber uma mensagem da vida, talvez na Natureza pra mim, a qual traduzi da seguinte maneira:
" Olhe para dentro de você. Lembre-se de quando era criança e ficava a observar a natureza. Veja, você era feliz consigo mesma! A sociedade não exercia tanta coersão sobre você, e a sua companhia já lhe era suficiente! Sinta-se agora como se sentia naquela época, e tome isso de exemplo para sua presente situação. Faça com que este momento sirva de solução para seu problema. Encontre seu equilíbrio dentro de si mesma. "

Não sei de quem veio este recado; tenho a idéia de que seja a Natureza, ou alguma manifestação divina. Talvez tenha vindo de dentro de mim mesma. Não importa. As duas hipóteses ficam na minha cabeça: ou a Natureza, ou mesmo a criança que fui, que ainda tenho guardada dentro de mim, quer ser a minha amiga agora. Essa sim tem a força que eu preciso.

E não demorou muito, choveu.

quinta-feira, 12 de março de 2009

O Gênio, seus três poderes e o PODER especial.


Meu tempo psicológico anda suuper inconstante. Uma hora quero que as horas passem, andem rápido demais, porque não aguento monotonia; já outros momentos queria que o tempo simplismente parasse. Ando sentindo pouco, mas pensando demaaais. E sempre nas mesmas questões.

Fico imaginando se aparecesse na minha frente agora uma lâmpada mágica, daquelas que tem um Gênio dentro. Ele me ofereceria 3 desejos, dos quais eu usufruiria apenas de um. O Gênio me perguntaria: Qual o seu desejo ?

E eu certamente diria: Eu quero ler o pensamento das pessoas, só por um dia que fosse. Só precisava de apenas 24 horas com o devido Poder, para fazer-me satisfeita e resolver meus problemas. Porque eles só se baseiam nisto.

Queria entender o que as pessoas estão pensando. Não todas em todos os momentos, mas apenas uma que fosse, e num momento propício.

Queria ter obtido esse poder só por hoje. Hoje eu precisava entender uma enoorme interrogação que carrego a tempos.

Se eu pudesse adentrar na mente de alguém, sentir suas emoções, entender o que realmente está acontecendo na vida de alguém, me realizaria.

Para mim as coisas nunca podem ficar por acabadas, quando ainda se tem algo a dizer. Quando pra você, ainda nada foi acertado.

Todos os dias me acompanham dois impedimentos da minha concentração necessária: um nó na garganta, e um ligeiro aperto no peito. Não sei, me imcomodam.

Ando ficando triste por coisas fúteis, e deixando de lado coisas importantíssimas. Não entendo porque minha vida tomou esse rumo tão confuso e dramático.

A mim chegam as perguntas de sempre: Tudo bem ? E eu respondo: Tudo sim! ^^

Mas eu sei que nada está bem. Longe de me sentir uma Maria do Bairro da vida; mas as coisas andam pra baixo. E tudo se resume a apenas um ser, o qual tem o poder de regular a minha estima totalmente. Esse ser, digo-me de passagem, não faz ideia de como me controla, de como pode fazer do meu dia uma coisa tão frustrante, e ao mesmo tempo, tão feliz.

Essa é a minha angústia que me deixa pra baixo: ele não faz ideia do poder que tem sobre mim, ele realmente não faz ideia...

domingo, 8 de março de 2009

Velha Infância...



Carambaa, lembrar dos velhos tempos com os mesmos, não tem preço ! rsrsrs. Nos reunimos (como sempre) e ficamos falando das nossas briguinhas infantis nos nossos memoráveis 11 anos. Até hoje me lembro, foi demaaais.

De lá pra cá muuitas coisas aconteceram, histórias se enrolaram, pessoas mudaram (outras nem tanto). Mas a gente cresceu. E isso foi bom, essa nossa separação. Porque se não fosse por ela, este momento não estaria acontecendo. A gente talvez não seria mais tãão amigo assim, e as pessoas não seriam as mesmas. O Ícaro continuaria sendo aquele garoto 'metido, que se acha' que eu sempre pensei. Hoje ele não seria meu amigo, e a gente nem seria como é hoje. Queem diria, ein ?

Eu fico imaginando os E se ? do passado. E se a bia nunca tivesse namorado com o Ícaro? E se eu nunca tivesse saído pra andar de bicicleta naquele dia ? E se eu não fosse como eu era (boazinha, às vezes antipática)?

Pois é, mas tudo aconteceu como foi. Eu andei de bicicleta sim, naquele dia, e nesse dia que eu conheci algumas pessoas; a Bia namorou sim com o Ícaro, e por isso a gente ficou amigo. E eu era sim, como eu sempre fui: magrela, ativa e muuuito, mas muuito tímida (?) hahahaa...

E tudo aconteceu como tinha que acontecer... Hoje, em meio às lembranças, descobri coisas que eu juro que iria morrer sem saber. Coisas que eu nunca imaginei (tola eu..HAHA), e percebi o quanto que eu era ingênua naquela época.

Mas foi ótimo. A gente fez muito e aproveitou muito, que é o que se tem que fazer quando se é criança: brincar de viver. Sem se preocupar, sem esquentar a cabeça. Mas como tudo já passou, agora é aproveitar a adolescência, quando você não é nem adulto e nem criança. Melhor fase? Talvez.
Mas a melhor adolescência é aquela com os amigos de infância.
Boom demais !

Foi isso, só espero chegar aos quarenta lembrando da minha adolescência, quando eu escrevia no Blog lembrando da infância... hahaha .

;D


Ainda gosto de você.♥


Bateu saudade,
Lembrei do tempo
Em que a gente se amou
Era verdade,
Eu nunca percebi,
Não dei valor
Agora entendo
Porque você não quer voltar atrás
Eu tô sofrendo
O mesmo que você ou muito mais
Eu não sei te esquecer
Volta logo pra mim
Me arrependi de tudo
Dá um fim...
Ainda gosto de você
Eu não escondo de ninguém
Ainda gosto de você
O teu amor me faz tão bem
Eu não encontro uma saída
De você me libertar
E a solução pra minha vida
É a gente se acertar...


Não, não sou pagodeira, nem gosto de ficar remoendo coisas.
Mas o fato é que alguém me alertou sobre a música e eu resolvi
postar.

Tem sim, a ver comigo. ^^

quinta-feira, 5 de março de 2009

Problemas, vida profissional. No final, virei árvore ! ;D




É como se num passe de mágica a minha vida interior tivesse tomado um ritmo tão acelerado, que entre um 'deitar pra dormir e um levantar de manhã cedo', a minha vida tivesse tomado um rumo suuper diferente. Acordei de um jeito desigual. Outros planos, outras metas, outros pensamentos. Tô vendo que a vida profissional tá dizendo 'oi' pra mim, e aqueles probleminhas que eu tinha, agora vão se amenizando.

Minhas antigas preocupações desocupadas vão se tornando cada vez mais supérfluas. As pessoas, cada vez mais próximas; e a estima vai oscilando de acordo com algumas situações. Palavras agora fazem sentido; palavras antes ditas, mas nunca compreendidas. Decisões tomadas corretamente, atitudes nem tanto. Idéias vindas em mente que às vezes me deprimem, às vezes apenas me emotivam.

Mas as certezas vêm na hora certa, junto com as consequências dos atos. E nessa tempestade de pensamentos eu me pergunto: O que somos nós senão um conjunto e moléculas?

Pra quê aumentar os problemas, se somos materialmente iguais a uma árvore, à água do rio, ou mesmo aos outros animais que dividem a terra conosco? E eles não têm tantos problemas assim. Isso porque eles não tem essa capacidade de 'criar problemas'. Por isso mesmo é que NÓS é que criamos os nossos próprios problemas. E se podemos criá-los, qual a dificuldade de nós mesmos resolvê-los ?

Foi isso. Percebi que os meus problemas criados por mim podem ser resolvidos pela mesma. E foi isso que fiz. Coloquei na cabeça que eu era uma árvore e que não tinha problemas. E para o meu espanto, não é que quando voltei à minha forma normal, eles tinham sumido?

Essa foi a diferença de ontem antes de dormir e hoje ao acordar. Sonhei que era uma árvore. hahahah





=)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Cartas a Francisco.


Dia planta hoje. Dia pra baixo mesmo. Cheguei do colégio igual a um zumbi. Juro que se eu tropeçasse e caísse no meio da rua, eu permaneceria ali, parada e caída; até que alguém me notasse e me tirasse dali. Minhas vontades ficaram moles.
Me deram até a suposição (quase que um esclarecimento pra mim), de que eu sou EMO.
Emo, eu ? Talvez. Pelo menos seria a teoria mais coerente neste momento da minha existência. Uma fase emo me deixaria reflexiva ao máááximo.

Daí então resolvi escrever as 'Cartas a Francisco', lhe dizendo subliminar e ao mesmo tempo esclarecidamente, os meus sentimentos com relação ao amor. Sim, ele leu. Gostou? Não sei. Também não me importo (minto para mim mesma). A real ideia (agora SEM o acento, aaai!) destas cartas vão como um 'desabafo'. Não tenho a intenção de 'intencionar' nada (isso mesmo, invento palavras e 'intencionar' é uma delas); apenas de escrever, que é o que faço nos meus momentos típicos e altamente sentimentais.

Foi boa a intenção. Francisco quer ligar? Pode ser! Eu particularmente ADORARIA. Afinal, ele anda meio distante esses dias. E eu respeito seu espaço, assim como sei que ele faria o mesmo por mim.
Terminei o dia com um post legal e menos mole; mas com o coração aliviado, com as palavras e com F.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Padronização do Português? Nãão gostei... ;(

z

O negócio de hoje é que eu cheguei no colégio, início de ano, pronta pra aprender coisas novas (mentira, aquele colégio não me inspira mais, não mais). Enfim, cheguei. Foi quando na aula de português, me decepcionei totaal. Fiquei por dentro de uma tal de reforma ortográfica; não gostei. Pra mim, nasci e fui criada com a convencional Lingua Portuguesa, com seus hífens, acentos e tremas (nunca fui chegada nelas, mas eram fofas). Fui obrigada a aceitar (pra mim) uma das maiores tragédias do mundo atual. Não aceito, ver um monte de acentos desempregados, hífens postos na rua, sem apoio psicológico nem abrigo. Justamente, quem criou o Português brasileiro deve estar se revirando no túmulo! Teve tanto trabalho...

Acho que deve ter sido a maior correria na Lingua Portuguesa: váários acentos gráficos correndo pelos lados, desabrigados, gritando: salve-se quem puder. Alguns até conseguiram se salvar; o verbo vêm, por exemplo. Depois de uns socos e muita luta, manteve o seu circunflexo, parceirão. Já outros não tiveram tanta sorte. O Zôo, tadinho... agora ficou careca ! :O Passou pra zoo, uma palavra simples; agora mais parecendo um sussurro. Vai passar despercebido.

Quem mais... ah! A Dona Trema, foi expulsa definitivamente. Cartão vermelho pra ela. Nem sei o que que ela fez de tão ruim assim pra merecer isso tudo, e nem quero saber. Mas deixa ela pra lá, era metida mesmo... rsrsrs

Mas o que eu mais sofri, de verdade, foi com os acentos. Cara, eles eram tudo pra mim! Me sentia a tal elaborando meus textos e acentuando mais da metade das palavras.

Mas assim está o mundo, cheeio das suas mudanças, e o que a gente tem que fazer é aceitar.

Aceitaar ??? Não, essas coisas não são comigo... Definitivamente, mudanças não vão com a minha cara.. e nem eu com a cara delas!

No final da aula aprendi que o mundo anda se customizando à toa, não entendi o por quê da tal reforma. Pra mim isso foi uma desgraça total na língua, onde de tudo isso, só salvou-se o Super-homem !

Ps: se alguém souber, ou ao menos duvidar de quem fez isso com o Português, manda passar longe da minha casa, ou então que atravesse a rua quando eu passar! Porque se eu pego um desses...

;D