domingo, 4 de novembro de 2012

Larga essa abóbora, Cinderela!

Sabe aquela paixão guardada? Aquela que já foi usada uma vez, mas sobrou um pouquinho e você em vez de jogar tudo fora (porque não serve mais) e esquecer, você joga toda responsabilidade no tempo, achando que ele irá resolver todos os seus problemas? Cria-se uma situação em que você vive a vida com uma capa impermeável que não absorve o NOVO. Tola eu. Não entendi ainda que quando essas coisas acontecem com a gente, temos que tomar a iniciativa sobre nossas vidas e consertar aquele defeitinho que deu na nossa estrutura, passar cimento novo no abalo e seguir em frente. Porque pessoas estão ai, as situações e principalmente a VIDA está aí doidinha pra ser aproveitada ao máximo. Tudo que vai determinar nosso sucesso (ou fracasso) são as nossas escolhas. Agir contra nossa vontade às vezes não significa nos "trair", muito pelo contrário. Estamos sendo leais à nossa essência, valorizando quem realmente somos, e não quem "nos tornamos" por causa de um terceiro.
Outro dia estava andando de skate, muito emocionante, até que caí e ganhei de presente uma ferida enorme, daquelas que você não sabe se dá ponto ou deixa aberta. Achando que com o tempo ela iria curar fácil, resolvi isolar e "esconder" com band-aid até que ela saísse. Duas grandes semanas se passaram e quando eu me dou conta, o machucado permanecia praticamente na mesma. Resolvi sair e deixar ele à luz do dia, coloquei ele no sol, no mar, no vento. Passei uns remédios, que claro é preciso, e deixei curar aberto, vivendo. Resultado? A melhora foi exponencial.
Analogias são uma das minhas melhores ferramentas de análise.
Percebi que tenho que aceitar a ferida e deixar curar à vida. Mesmo. Sem band-aid pra disfarçar, nem desculpas esfarrapadas. Ser sincera comigo mesma e aceitar a realidade. Acorda, menina! Já passou a idade de querer imaginar a vida com nuvens cor de rosa e novelinhas imaginárias na cabeça. Hoje temos que ser abertas pra tudo, pras vitórias, pras derrotas, e pras incertezas que ficam com finais não felizes.